Quadril

O que é?

A fratura de pelve são as fraturas que acometem os ossos que formam a pelve. Conhecida popularmente como bacia, a pelve se localiza na parte inferior do tronco e é formada pelos ossos íleo, ísquio e púbis. Nela também se encontram duas articulações denominadas de sacro-ilíaca e sínfise púbica. Os ossos que a formam se comunicam entre si e com outros ossos por meio de ligamentos e seus orifícios são preenchidos por músculos.

A pelve tem como função unir a região do tronco aos membros inferiores, além de fazer a contenção de órgãos dos tratos urinário e gastrointestinal. Por ela também passam vasos e nervos.

Por esse motivo a fratura pélvica é considerada uma emergência médica pois podem levar a quadros hemorrágicos e a limitações de movimentos.

Quais as causas?

A fratura da bacia pode ser causada por traumas leves, como as quedas da própria altura. Os traumas leves são mais comuns entre os idosos, principalmente em decorrência da osteoporose.

A grande maioria dos casos são provocados pelos traumas de alta energia como as quedas de altura, o que é mais relacionado a acidentes de trabalho, geralmente na área de construção civil, esmagamentos e acidentes de trânsito envolvendo carros, motocicletas e atropelamentos.

Qual é o grupo de risco?

Apesar de acometer homens e mulheres, o grupo que apresenta uma maior incidência é formado por homens com idade inferior a 50 anos, principalmente na faixa etária de 30 a 40 anos. Esse grupo geralmente sofre traumas de alta energia.

Outro grupo que tem uma predisposição maior de sofrer uma fratura de pelve é formado pelos idosos que tem osteoporose, devido à fragilidade óssea.

Quais os sintomas?

O paciente que sofreu uma fratura na pelve apresenta dor tanto ao se movimentar como à palpação do local onde ocorreu a fratura.

Além da dor são observados a presença de inchaço e hematoma local, que também pode ser observado nos genitais.

Nos casos onde houver fratura sem deslocamento o indivíduo pode até conseguir caminhar, mas referindo dor.

Já nos casos de fratura de pelve causadas por acidentes de alta energia podem ocorrer hemorragias, lesões de uretra e bexiga, nervos e vasos.

Muitas vezes essas fraturas podem ocorrer juntamente com outras lesões ósseas como por exemplo a fratura do colo do fêmur.

Como é determinado o diagnóstico?

O diagnóstico deverá ser feito com base na informação de como ocorreu o acidente que provocou a fratura, além dos sintomas apresentados.

Para uma melhor avaliação o principal exame solicitado pelo médico é o raio-x, que permite avaliar a extensão e o tipo de fratura. O raio-x também auxilia na exclusão de outras fraturas, como a fratura de quadril.

A tomografia computadorizada pode ser solicitada para uma melhor definição do tratamento a ser realizado.

O médico também pode solicitar que seja feita a ressonância magnética, pois ela possibilita que se faça uma avaliação de possíveis lesões articulares, nos nervos, ligamentos e nos órgãos que são contidos pela pelve.

Determinado o diagnóstico, qual o tratamento mais indicado?

O tipo de tratamento a ser realizado vai depender da idade do paciente, do estado geral de saúde e da presença ou não de lesões associadas.

Nos casos onde a fratura de pelve for causada por traumas leves, for estável e sem deslocamento articular, o tratamento conservador pode ser indicado. O paciente deverá fazer repouso, compressas de gelo e uso de medicamentos analgésicos e antiinflamatórios prescritos pelo médico. Além disso, alguns pacientes podem caminhar com o auxilio de muletas ou andadores. A fisioterapia é indicada com a finalidade de se evitar a perda da mobilidade e a atrofia muscular.

Tratamento cirúrgico

O tratamento cirúrgico é indicado para os casos de fraturas instáveis, com deslocamento e com lesões ligamentares.

Nos casos onde houver hemorragias pode ser colocado um fixador externo temporário para parar esse sangramento.

A cirurgia geralmente é indicada a partir da segunda semana após o acidente que provocou a fratura pélvica, o que permite que o inchaço e a hemorragia diminuam.

O procedimento cirúrgico envolve a redução, ou seja, a colocação do osso ou da articulação no seu lugar, seguida da estabilização da fratura por meio de placas e parafusos que são fixados no osso.

Quando houver uma lesão completa dos ligamentos na região sacroilíaca a estabilização é feita por meio de parafusos na articulação.

Informações de recuperação

A recuperação vai depender do estado do paciente e do tipo de fratura de pelve. A reabilitação com fisioterapia é de extrema importância pois auxilia na recuperação da mobilidade e da força muscular.

Geralmente o paciente pode retornar as suas atividades após o período de seis meses a um ano após a lesão.

Responsável Técnico

Dr Sergio Kishio Morioka - CRM 44853
Bacia - Quadril – Joelho
Cargo na clínica